Luis Almeida

A Capela de Santo António do Ameal pertenceu à Quinta de Castelãos (de dentro) também chamada Quinta do Visconde, cujo terceiro titular perdeu a posse da Capela por demanda judicial interposta pela Confraria de Santo António na primeira metade do século XX, invocando usucapião. Aparece referida nos capítulos de visita de 1676,e é dito em 1845 no Inquérito ao Arciprestado de Vila Nova de Famalicão que segundo um contrato muito antigo a posse da capela estava repartida pelos senhores da Quinta de Castelãos (o corpo da capela) e a Confraria de Santo António (a sacristia). Primitivamente e até 1980, tinha nave única sem capela-mor e sacristia colocada por detrás do altar-mor, fazendo-se a ligação entre os dois corpos por uma das portas colocadas no sotobanco do altar-mor rococó. Entre 1979/1980, por ocasião dos 300 anos da Confraria, foi a capela objecto de profundas reformas do seu interior, com a retirada do velho altar-mor e recuo do novo até à parede fundeira da antiga sacristia, e construção da nova sacristia. Capela pública, de planta retangular, com sacristia, de construção posterior, adossada do lado sul. A sua edificação ocorreu antes de 1679, já que nesse ano existiu uma "obrigação à fábrica da capela". Toda a sua estrutura é em perpianho rústico, com telhado de duas águas em telha de barro. Adossada à fachada principal, encontra-se um púlpito, cujo acesso se faz por uma escadaria de 4 degraus, talvez com a função de celebração de missa campal ou pregação, devido às dimensões reduzidas da capela, que não deveria conseguir reunir todos os devotos que a ela ocorriam. No topo da empena existe um pequeno campanário com sino. O interior apresenta só um corpo, com mesa de altar, em madeira, e retábulo-mor, forrado também por madeira, onde se situa alguma imaginária. Celebra festejos a Santo António no fim-de-semana próximo ao dia 13 de junho